Nara Pamplona

Como esquecer aquele noite,
Quando um só olhar revelou-nos o amor latente e ansioso!
Seus braços enlaçaram meu corpo trêmulo,
Suas mãos conduziram-me , ao som de uma suave e delicada música,
A rodopiar pelo salão como se estivessemos sós,
Como se fora um mundo próprio e único!

Como esquecer que nossa vida transcorreu como ainda naquele inesquecível dia,
Como um baile a alegrar nossos corações,
Com sons musicais a embalar nossos espíritos,
E nossos corpos nunca sedentos do enlace constante,
E nossos olhos buscando-se, a cada minunto,
Alimentando a fogueira da paixão,
Regando o jardim do amor que construimos!

Ah! saudade doída!!!!!
Lembranças que machucam, mas que são toques de certeza que valeu a pena,
Porque sentimos, sofremos,  vivemos uma estória só nossa
Que, hoje, me aquece a solidão!